- Lista de documentos a levar (alguns a serem providenciados):
- RG e CPF
- Passaporte (não é obrigatório, mas facilita as coisas nas Aduanas)
- Carteirinha do convenio medico (onde será contratado seguro saúde)
- Documento da moto
- Seguro Carta Verde (obrigatório)
- PID (Permissão Internacional para Dirigir)
- Autorização da financeira
Arquivo da categoria: Deserto do Atacama
Roteiro
Depoimento Andréa:
“Fiquei responsável em pesquisar onde ficar em cada cidade e em montar o MapSource, mas de tanto olhar, de tanto mudar, estou ficando “craque”, pelo menos em viagens virtuais rsrsrsrsrsr… posso até ser guia turística sem nem ter viajado ainda hehehehe.”
Roteiro finalizado, embora seja possível mudanças durante o percurso de acordo com necessidades que surjam no decorrer da viagem, agora vamos falar dos últimos preparativos da motoca.
Preparando a Motoca
Uma das fases mais importantes da preparação de uma viagem, seja ela de moto, de carro, de avião ou navio, ou mesmo de bicicleta ou a pé, é cuidar do meio de locomoção!!! É fundamental uma boa revisão, a troca de peças que estejam desgastadas ou em tempo de reposição, por isso, Jorge teve todo cuidado em verificar quais as peças e os ajustes necessários para evitar contra-tempos durante a viagem.
Além das peças a serem trocadas antes da viagem, Jorge também se preocupou em levar aquelas peças sobressalentes (já descritas em outra postagem), para o caso de ser necessária a troca durante o percurso. Nesta hora, vale agradecer ao Guimarães, da Guimarães Motos, que cedeu, em caráter de consignação, muitos destes itens.
A moto foi colocada na revisão em 16.11, Augusto foi o responsável pela troca das peças, pela preparação da “máquina” para encarar a viagem.
Arrumando as malas!!!


Pé na estrada!!! Quer dizer: DUAS RODAS NA ESTRADA!!!
Lauro de Freitas – Governador Valadares
Chega o grande dia: Jorge inicia a viagem em 28.11 em direção a Governador Valadares – MG, são mais de 1000 km viajando sozinho.

O encontro de saída foi marcado para as 5h., mas o “ator” principal se atrasou, chegando as 5:10h. Começa então o primeiro trecho da viagem. Saem em direção a Santo Estevão – BA.

Depoimento Andréa:
Jorge, a partir daí, segue viagem… A moto agora está só!
A primeira etapa se finaliza, Jorge chega em Governador Valadares por volta das 19h. Mesmo pilotando o trecho final já à noite, optou por chegar ao destino, aproveitando as boas condições da estrada. A viagem, segundo ele, foi cansativa, muitos caminhões circulando; mas o clima também ajudou: nublado sem chuvas, e o desempenho da moto foi excelente, mesmo carregada (e pesada) não desapontou.

Hospedagem: Ibituruna Hotel – Valor da diária: R$ 50,00
01 Estrela – Bom exclusivamente para um bom banho e passar a noite.
Ainda em viagem solo!






Total de Km Rodados: 950
Abastecimento: 65 litros
São Paulo

Em direção a Foz do Iguaçu





Belas paisagens e inúmeras paradas para alongar, descansar e fotografar.

Ao longe se via uma casinha ou outra, um pasto ou outro, mas soja e milho eram incansáveis.

As estradas em perfeitas condições, excelente asfalto e sinalização, sem qualquer dificuldade a não ser o preço dos pedágios, que enquanto na Rod. Castelo Branco foram gratuitos, depois, na Viapar e Econorte, caríssimos.
Outro ingrediente importante desta primeira etapa foi o cansaço após passar os 500 km rodados, Maringa – PR. Neste momento perceberam o quanto uma viagem longa cansa, embora ainda animados e confiantes com a chegada a Foz.
Encontraram um Restaurante e Pousada, totalmente rústico, de uma beleza natural, com vários artigos e móveis de decoração em madeira e uma lojinha de doces caseiros… pena que não cabia nada na bagagem.


A cada curva pareciam já ter visto o mais belo, mas o melhor ainda estava sempre por vir….


aiou no sofá do corredor, ainda bem que ele pelo menos tomou banho antes…

Total de Km Rodados: 1092
Desvendando Foz do Iguaçu
Viajar é muito mais que simplesmente ir em algum lugar, é mais que conhecer, mais que estar lá, é aventurar-se por caminhos desconhecidos e, muitas vezes, misteriosos.
Vale a pena conhecer um pouco sobre a História do lugar a ser visitado, suas origens, suas atrações, suas lendas e mitos, seu povo.



Enquanto isto, uma chuva torrencial se formou em um céu que estava mais do que cinza, era quase preto. Enfim, na volta, atravessaram a ponte, sobre o rio Paraná (que divide as fronteiras entre Brasil, Paraguai e Argentina) em meio a um vento que quase levou ponte abaixo, e a Paty e a Andréa (em virtude do tamanho) e que foi motivo de risos e certo medo!
Depois souberam que o vento tinha sido tão forte que derrubou uma torre na Represa de Itaipu… E aposto que vocês pensaram que fosse exagero, não é mesmo?!?

O Sandro, com este “modelito” não está lembrando um Office-Boy???
A galera tomou conta do “buzu”…. sem a menor cerimônia, fizeram uma farra!


A mais famosa atração turística em Foz do Iguaçu é o conjunto de quedas denominadas Cataratas do Iguaçu, no Parque Nacional do Iguaçu (Patrimônio Mundial Natural da Humanidade tombado pela UNESCO), a Hidrelétrica Binacional de Itaipu (maior hidrelétrica do mundo em produção anual de energia), o Marco das Três Fronteiras, a foz do Rio Iguaçu no Rio Paraná (área onde as fronteiras da Argentina, Brasil e Paraguai se encontram), a Ponte Internacional da Amizade (divisa entre Brasil e Paraguai) e Ponte da Fraternidade (divisa entre Brasil e Argentina).








Acredito que será difícil para os casais descreverem tamanha emoção, tamanha comoção diante da maravilha que são as Cataratas do Iguaçu. Somente vendo (e ouvindo) pessoalmente é que se pode ter a dimensão da grandeza deste espetáculo.

Ultrapassando a fronteira… rumo a Corrientes – Argentina

Começaram a viagem pela Ruta 12, estranharam: pela primeira vez, viam placas e avisos em uma língua diferente da sua.

Após um belo banho e virar as roupas do avesso (vocês não imaginam o cheiro que elas emitem… e a viagem estava apenas começando…, bem que os viajeros já tinham avisado sobre isso!), aproveitaram que ainda estava cedo e anoitece bem mais tarde, e foram dar uma volta na praça da cidade.

Cultura
Esta província condensa diferentes tradições indígenas, principalmente, a dos guaranis. Estas influências redundam em seus costumes, gastronomia, música e artesanato. É por isso que o chipá, pão de queijo feito com farinha de mandioca e oriundo do Paraguai, pode ser degustado, praticamente, em todos seus recantos. E também pode ser escutado o chamamé, um gênero folclórico próprio da Mesopotâmia, caracterizado por suas melodias alegres e o uso predominante da sanfona.
Economia e produção
Religião
Infelizmente não tiveram tempo de ver outras maravilhas de Corrientes, mas mesmo sem conhecê-las, Jorge e Andréa gostaram desta cidade linda, organizada, limpa, segura, com um povo simpático e super receptivo, com clima agradável.
Rumo a Santiago del Estero





Ao chegarem a Sancho Curral, sabiam que iriam pegar um atalho, que encurtaria a estrada, porém através de um caminho com mais cara de aventura… E que aventura!!!

Conhecendo Santiago del Estero – Argentina
6º. Dia – 06.12.2010








Como uma caixa de ferramentas, o CCB procura ser um instrumento de troca social, promovendo investigações, propostas, estudos e projetos orientados para o reposicionamento dos santiaguenhos no mundo contemporâneo.


Seguindo em direção às grandes montanhas…

Depoimento Jorge: “A pista estreita, curvas fechadíssimas (muitas feitas em 1ª marcha) repleta de animais na pista, tinha de tudo: Lhama, vaca, galinha, porco, burro, cavalo… Uma subida impressionante, sempre com uma parede de pedra de um lado e um desfiladeiro do outro. E sabem do pior? Quando chegamos lá em cima a vontade era de descer tudo e subir novamente… heheh…”



Chegaram em Tafi Del Vale, após atravessar uma serra de cerca de 30 km, por enormes vales, muito verde e rios de geleiras, chegando a 2021 mts de altitude. Tafi Del Valle é uma cidadezinha no meio das montanhas, LINDA e muito aconchegante, tiveram vontade de ficar por lá. Toda arrumada, limpíssima e de um povo muito educado.



Vão agora em direção ao Parque Nacional Los Cardones, um parque nacional da Argentina, criado em 1996 com uma área de 65.000 hectares, localizado na Província de Salta.Situa-se numa zona de serrassecas, entre os 2700 e os 5000 metros de altura, sendo o seu nome originário da vegetação característica desta zona. Existem vestígios paleontológicos de importância, como pegadas de dinossauro com 70 milhões de anos, que são objecto de estudos científicos, além de pinturas rupestres. Esta área era importante para as culturas pré-hispânicas, uma vez que aqui os pastores encontravam água e pastagens que providenciavam alimento para os seus rebanhos.

Neste trecho tiveram o primeiro contato com os cactus gigantes, uma espécie em extinção, natural da região, o tamanho dos cactus impressiona, chegam a mais de 7 metros de altura, demoram 20 anos para florescer e crescem entre um e dois centímetros por ano.




Saindo de Cafayate, surgem novas montanhas, a Serra Cumbres Calchaquíes e a paisagem muda novamente, e de verde se torna terracota, o frio aumenta e a secura começa a fazer parte da viagem. Tudo em volta se torna imensas montanhas vermelhas, que faz o ser humano sentir sua pequenez diante da natureza.
Chegam a Quebrada de las Conchas, também conhecida como Quebrada de Cafayate, é um obstruído vale ou quebrada muito conhecido pelas suas belas paisagens. É um estreito vale satélite do sistema dos Valles Calchaquíes. Por esta quebrada, segue o Rio de las Conchas, unindo as cidades de Cafayate e Salta. Conta com paisagens de cores variadas, e trata-se de um acidente geologicamente moderno, produzida por movimentos tectônicos que tiveram lugar nos últimos milhões de anos, modificados por erosão.




Esta, com certeza, foi uma das partes mais emocionantes da viagem. Paisagens fantásticas, belíssimas e inesquecíveis.
Chegando em Salta
Chegaram a Salta (La Linda) por volta das 19h., um pouco cansados, mas extasiados com tanta beleza. Procuraram pelo hostel indicado por um viajante e logo o encontraram. Uma graça de hospedagem, com um pessoal muito alegre, receptivo e gentil. Como não havia estacionamento próximo, adivinhem o que aconteceu???



Depoimento Jorge: “Laurindo, seu índio maluco, bem que você me falou que eu iria agradecer por me tirar do Chaco Argentino e me mandar para estas bandas… Você tinha toda a razão: muito obrigado por ter mudado todo o meu roteiro e aumentado a viagem de ida em dois dias. Valeu demais a pena. Quem sai de Santiago Del Estero e segue para Salta direto pela Ruta 9 não faz idéia do que está perdendo. Somente pelo Anfiteatro já valeria a pena. Mas ainda tinha a serra que sobe para Tafi Del Vale, a quebrada de Cafayate, os Cardones, a cidade de Cafayate…

Descobrindo LA LINDA!!!



O Cabildo é o edifício colonial mais antigo da cidade. As obras da construção se iniciaram em 1780 sob a direção de Antonio de Figueras e se concretizou no mesmo dia da fundação de Salta. Sua torre foi levantada vários anos depois. Mais adiante foi parcialmente demolido: desapareceram a sala capitular, três arcos da planta baixa e quatro da planta alta. Em 1676 se decidiu melhorar a edificação e em 1783 se realizou sua reconstrução. Em 1945 foi restaurado pelo arquiteto Mario Buschiazzo. É o cabildo mais completo e melhor conservado da Argentina. Foi declarado Monumento Histórico Nacional em 1941.
Cabildo colonial é o nome dado às corporações municipais instituídas na América Espanhola durante o período colonial que se encarregavam da administração geral das cidades coloniais. Era o órgão que dava representatividade legal à cidade, através do qual os habitantes resolviam os problemas administrativos, econômicos e políticos do município.



Foi declarada Monumento Histórico Nacional em 1947.
Procissão do Milagre
Se veneram as imagens del Señor e da Virgem del Milagro, patronos tutelares de Salta desde 1962. A cada 15 de setembro, realiza-se na cidade de Salta, a tradicional procissão de agradecimento aos protetores da cidade, O Senhor e a Virgem do Milagre.
Este fato marca o final da Festa do Milagre, que lembra os terremotos que arrasaram a província no dia 13 de setembro de 1692. Os sismos estremeceram a cidade e destruíram a próspera vila de Esteco. Conforme a história, os tremores não pararam até que as sagradas imagens não foram exibidas pelas ruas da capital em procissão.
A Igreja de São Francisco de Salta é um dos mais belos edifícios de estilo neoclássico do século XIX na Argentina. Sua fachada e seus muros vermelhos aparecem em muitos cartões-postais da cidade.
Esta igreja pertence a ordem franciscana e teve várias reconstrucões. A primeira etapa foi concluída em 1625 e posteriomente se contruiu o segundo tempo, em 1674, que foi destruído por um incêndio em meados do século XVIII, dando início a construção da igreja atual, sobre a direção do espanhol Fray Vicente Muñoz, nascido em Sevilla.
Foi também decorada pelo arquiteto Luiz Giorgi em sua reforma de 1870, quando se levantou a esbelta torre que acompanha o templo. Com seu campanário separado da nave central, de cinqüenta e três metros de altura, se converte na mais alta da América do Sul, chamada “Campana de La Patria”, foi realizada mediante a fundação dos canhões utilizados na batalha de Salta de 1813, em início do século XIX, foi realizada uma missa fúnebre em memória dos vencedores e vencidos desta batalha.
Na praça da entrada se encontra uma estátua dedicada a San Francisco, o fundador da ordem religiosa, que foi inaugurada em 1926, doada pelo governo italiano de Mussolini.

O edifício do Centro Cultural América foi construído em 1913, sobre terrenos que pertenciam a igreja de La Compañia de Jesús, e desde 1950 funcionou como Casa de Gobierno, até que em 1987 se transformou no atual Centro Cultural. Foi projetado pelo Arquiteto Arturo Prins e realizado pelos engenheiros Cornejo e Correa.

O interior é notável pela interessante sequência de suas escaldarias, em torno do vazio do hall principal, localizado na primeira planta. A tecnologia da construção com o uso de colunas e perfilados de ferro e bronze, foram vanguarda em sua época. Se destacam os pisos plicromados do tipo veneziano e os vitrais importados de Milão.
Em 1994, foi declarado Monumento Histórico Nacional.


As ruas de Salta são divididas em quarteirões do mesmo tamanho, de tal maneira que alguém habituado às excitantes ruas portuguesas que sobem, descem, estreitam e alargam, se perde em menos de dois minutos. As construções mais altas parecem ser as torres dos campanários das igrejas, pintadas de branco e tons creme que lembram suspiros e gelados – com a escandalosa exceção da Igreja de S. Francisco, cor de tijolo com colunas brancas e rebordos amarelo-dourado.
A região de Salta consegue combinar zonas andinas áridas com vales férteis e verdes. Os índios Diaguita-Calchaquies viviam nestes vales, e renderam-se à influência inca bem antes da conquista espanhola. A província salteña tem um território variado, com vales temperados, selvas tropicais e desertos andinos. Todas estas regiões têm algo para oferecer do ponto de vista turístico: pitorescos povoados moldurados em paragens solitárias, adegas de vinho e estâncias rurais, artesanato ou paisagens cordilheiranas cheias de colorido. Em Salta também há uma forte cultura musical. Destacam grupos folclóricos como Los Chalchaleros, Los Nocheros e o Duo Salteño.
Economia
Os cultivos industriais são o tabaco, a cana de açucar, a uva, os cítricos, feijão, pimentão, batata e o algodão. Um promissório cultivo é a quinoa. Em Salta há criação de bovinos, ovinos, suínos, caprinos, asnos e mulas. A atividade de criação de caprinos se complementa com a elaboração de queijos. A criação de camélideos permite a obtenção de lã ou fibra para a confecção de artesanatos e roupa ecológica. Em relação aos minérios, o território apresenta interessantes perspectivas para a descoberta de minérios metalíferos, não metalíferos e rochas de aplicação. Nas minas de produção destacam-se os minerais de boro e de seus produtos derivados, como ácido bórico, bórax anidro e bórax penta.
Quanto à vitivinicultura, 99% da superfície total dos vinhedos salteños produz uvas para vinhos finos, um índice único no país. Atualmente exportam-se desde Salta 1.200.000 garrafas de vinhos Premium a 30 países de todo o mundo. Embora a participação de Salta na produção nacional seja de 15, ressalta a exportação dos vinhos do Vale Calchaquí, com 15% do volume total de envios ao exterios. A intenção oficial é que as adegas salteñas participem de todos os eventos onde puderem mostrar-se e difundir a bondades dos vinhos das alturas.
Depois do passeio turístico, Jorge e Andréa decidiram almoçar no Restaurante e Pizzaria Paso Del Rey, próximo ao hostel, e como gostaram muito, comeram novamente o tão gostoso Lomito, agora acompanhado com “papas” fritas.
Depoimento Andréa: “Salta é uma cidade linda, muito arrumada, bem cuidada e com um povo muito acolhedor, educado. Realmente estou encantada com esta região da Argentina. A cidade tem muitos pontos turísticos, mas seria preciso mais alguns dias para conhecer todos, aliás, em todo lugar que passamos precisaríamos de mais alguns dias rsrsrsrsrsr O povo desta região cuida muito de sua história e demonstra sentir orgulho de sua cultura. É fantástico estar aqui e isto é apenas o caminho de ida até Atacama, imaginem!!!”.